O que você precisa saber sobre a obesidade

O que você precisa saber sobre a obesidade

 

A obesidade é uma condição crônica multifatorial que abrange diferentes dimensões: biológica, social, cultural, comportamental, de saúde pública e política. De acordo com o VIGITEL (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico de 2019), o excesso de peso afeta 55,4% da população brasileira, dado preocupante que aumenta de acordo com a idade e baixa escolaridade.

Os fatores que aumentam o risco para obesidade são o perfil genético, ambiente obesogênico, sedentarismo, condição socioeconômica, ingesta excessiva de calorias, desregulação do sono, disbiose intestinal, distúrbios endócrinos e uso de alguns tipos de medicamentos. O diagnóstico pode ser feito a partir do IMC, quando este é igual ou maior que 30kg/m².

Por outro lado, este parâmetro de avaliação é limitado pois não indica diretamente a gordura corporal nem a sua distribuição, bem como a massa muscular. Diferente do IMC, outro dado interessante de ser avaliado é o perímetro da cintura, ele avalia o risco cardiovascular de acordo com o sexo e etnia pela aferição com fita métrica:

Mas, como prevenir a obesidade? A prática de exercícios físicos é uma forma efetiva de prevenção à obesidade. A gordura prevalente na região abdominal é altamente sensível aos efeitos da atividade física constante. Além disso, a gordura visceral é reduzida significativamente quando seguidas as recomendações de prática de exercício físico mesmo que não haja perda de peso. A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda a prática de 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de atividade física intensa por semana.

Como já se sabe, uma alimentação equilibrada é a chave para a prevenção da obesidade. Mas, o que quase nunca se ouve falar é a importância da mudança de comportamento e a boa relação com a comida. Certamente você deve conhecer alguém que teve uma perda de peso rápida, mas logo teve o reganho de peso. Isso acontece justamente quando a pessoa não mudou sua mentalidade e o seu comportamento, fazendo uma “dieta” por tempo determinado, só até alcançar o seu objetivo. Uma mudança efetiva deve ser baseada na mudança de hábitos para toda a vida, e não em uma dieta realizada por um período de tempo. E para isso, é fundamental um acompanhamento psicológico em caso de excesso de peso e compulsão alimentar. Para auxiliar a população a adesão de hábitos saudáveis, o Ministério da Saúde lançou em 2014 o Guia Alimentar Para a População Brasileira com orientações e informação de qualidade. Fique sempre atento e crítico com relação às informações veiculadas nas mídias sociais.

Atualmente a perda de peso foi banalizada, descartando toda a sua complexidade quando a sociedade fica exposta ao marketing de dietas, suplementos e medicamentos “milagrosos”. Certos posicionamentos tanto de empresas quanto das próprias pessoas, só reforçam a gordofobia que ao invés de ajudar, somente afasta as pessoas com excesso de peso para a aquisição de hábitos saudáveis e autocuidado. Além de tudo, a indústria dos alimentos industrializados ultraprocessados ricos em gordura saturada e trans, açúcares e sódio só reforça o ambiente obesogênico o qual é considerado mais forte do que a própria genética para a prevalência da obesidade.

Para prevenir e tratar a obesidade, não descarte o acompanhamento profissional. Para melhorar a sua qualidade de vida cuide do seu corpo todos os dias, afinal, é nele que você mora.

Natalia Peres
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